Vai ser uma tarde de casais felizes?O tipo de casal que eu nunca vou ser com o Bruno...Minha insegurança cresceu. E se ele me achar gorda demais? E se eu não for legal o suficiente? Estou morrendo de fome, meu deus, nem me lembro quando foi a ultima vez que comi algo descente.
Pego uma maçã, mordo um pedaço. Tremo de alegria, que maçã perfeeeeeeeita.Nossa, minha fome ta melhorando, dou mais uma mordida na maçã, mastigo, engulo. Percebo a burrada que fiz, corro pro banheiro, pego minha escova de dente e enfio o mais fundo possível na minha boca. Vomitei.
Dia de sol. Hoje vou na casa da Vitória conhecer o taaal especial Rodrigo. Começo a ver minhas roupas. O que usar?
Algo que emagreça...coloco uma calça jeans escura e uma camiseta preta. Estou usando uma daquela calcinhas que tem um pedaço maior de pano pra segurar a barriga, ele aperta e assim você diminui alguns números. Me sinto um pouco melhor. Saio de casa.
Chegando lá, toco a campainha do grande portão branco da casa do Vitória, ela fala no interfone comigo e abre o portao automático.
Eu entro. Ando pelo caminho que da na porta da casa dela passando pela piscina e algumas árvores e flores de seu quintal. Chego na porta da sua casa cor de creme com janelas enormes e abto na porta. Uma menina sorridente de cabelos compridos, magrela usando uma saia xadres e uma blusa de gola alta com sandálias de pouco salto abre a porta.
- Caroool! Que saudade meeu! Uma semana sem você é horrível! – vitória diz me abraçando -
- Viiii! Precisava te ver meu. Que saudades. - eu digo nos soltando – Eai, cade o principe encantado ?
Um menino alto e bronzeado com um cabelo curto escondido pelo seu boné branco, usava uma calça jeans e uma camisa social preta meio desabotoada e com as mangas sobradas na altura do cotovelo.
- Esse acho que sou eu – ele diz – Prazer, Rodrigo.
- Gatão mesmo em amiga? – eu digo dando um beijo no rosto dele – Prazer, Carolina.
- Então, a Vi me falou bastante de você. – ele disse numa tentativa de puxar assunto-
- Mesmo? Eeê Vitória! Sempre fazendo fofoca – risos de todos – Mentira.
- Ela me contou que você desenha roupas.
- Aáh, gentileza dela. Eu desenho mas, não é aquela perfeição, sabe ? Mas vou entrar em um concurso e tomara que de tudo certo e eu consiga ganhar.
- A Vitória contou sobre o concurso.
- Então, Carol, já pensou em desenhar algum modelo masculino ? Ai você poderia desenhar roupas pro Rô, e ninguém teria roupas iguais as dele. Como nós fazemos. – Vitória disse -
- Não sei... posso tentar. Se der certo você desfila com meus modelos no concurso? – perguntei -
- Claro - ele disse sorridente –
Passamos a tarde converssando, nos conhecendo. Até que ele é um cara bem legal. Ele é dois anos mais velho que a Vitória, tem 18 anos. Estuda enfermagem, seu pai é médico e dono daquele hospital onde fiquei internada. Apesar de tudo ele é bem humilde, gentil e gente boa.
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